A queda de Berlim
Uma das coisas que sempre me fascinaram em relação à Segunda Guerra Mundial foi a questão das grandes cidades envolvidas nos conflito. Em 2002 eu comecei a estudar a guerra e o nazismo e fiquei bestificado ao saber que Londres foi bombardeada durante anos pelos alemães. Paris foi invadida pelos nazistas e seu exército vitorioso desfilou desde o Arco do Triunfo pela Champs Elysées. A bela Dresden foi totalmente destruída pelos aliados em ataques aéreos. Stalingrado foi a cidade que parou os generais de Hitler, que não conseguiram chegar a Moscou e, pior, foram sendo acuados de volta ao território germânico. E, por fim, Berlim. Berlim em ruínas, totalmente incendiada, em convulsões, tendo todos os exércitos à sua volta.
É essa Berlim que o filme A Queda mostra. Por isso fiquei mais impressionado. Não só Bruno Ganz está estupendo interpretando Hitler, não só o roteiro obedece aos fatos históricos, não só a direção de Oliver Hirschbiegel é a melhor dos últimos tempos (tenho visto cada filminho por aí...), não só o bunker do führer parece real, mas também a cidade parece o inferno. Nada está inteiro, os russos estão chegando, os exércitos enlouqueceram, não há mais água, ou luz, ou alimentos, crianças são recrutadas para a frente de batalha, todos parecem em pânico. Berlim me lembrou muito Sodoma.