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obnubilado

Blog que ainda existe, apesar do tempo.

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Crítica - série Transparent, da Amazon

Acabei agora de assistir à terceira (e mais atual) temporada de Transparent, a série de maior sucesso da Amazon no seu serviço Prime Vídeo, semelhante à Netflix. A primeira e a segunda temporada foram deliciosas, esta terceira nem tanto.

 

Pra quem não sabe, uma breve explicação: a série trata da vida de Mort Pfeffermann (Jeffrey Tambor) e sua família após ele assumir sua transsexualidade (e passar a se chamar Maura), em torno dos seus 70 anos. Este é o ponto de partida, a série não trata só disso, e não trata só dele, a família acaba sendo o ponto principal sempre: seus três filhos e sua ex-esposa. E isso não de uma forma careta ou conflituosa, mas muito louca e liberal, todos acabam sendo atingidos de alguma forma pela transição e isso vai mudando suas vidas.

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A primeira temporada é ótima, a segunda é ainda melhor, com destaque para o sensacional primeiro episódio (e já para a sensacional primeira cena deste episódio - e a última, então, nem se fala). O discurso que discute machismo, respeito, feminismo, pertencimento, vai crescendo ao longo dessas duas pemporadas (com seu ápice nos episódios do acampamento lésbico - que é quando, aliás, entra para a série Anjelica Huston).

 

O clima era sempre de comédia-dramática, com uma pendência para o drama, mas sempre com ótimas cenas bem humoradas.

 

Já a terceira temporada não é tão boa, e digo por quê: o clima fica mais sombrio, perdeu-se o bom humor. Dá pra contar nos dedos de uma mão as cenas engraçadas na temporada toda. O que antes era um humor inteligente e discreto agora é mais uma coisa cínica e melancólica. Também qualquer discurso sobre gênero e assemelhados acaba sendo relegado a segundo (ou terceiro) plano, e é substituído por exaltação ao judaísmo (a família é judaica), então é muito tempo que gastamos vendo celebrações judaicas e falando de coisas judaicas, que nem na segunda temporada (quando a rabina Raquel era mais importante) tinha.

 

Faltam também boas cenas, cenas marcantes, importantes. As mais assim vão acontecer só no bom último episódio (fora uma com a rabina Raquel, no ep 8 ou 9, sendo que ela nem é dos personagens mais importantes). Ou seja, se passa nove episódios mais ou menos e no último temos um episódio bom, que dá pra ser lembrado.

 

O personagem principal parece mais egoísta e auto-suiciente (de modo irritante), sendo muitas vezes chato e pedante, o que atrapalha em muito o andamento da série porque não cria empatia. Os outros personagens também têm menos possibilidade de criar empatia nesta temporada, porque estão todos meio perdidos no mundo, de uma maneira depressiva (não como na primeira temporada, onde eles estavam perdidos, mas buscando direção e arriscando - agora estão só ali, esperando, sendo indiferentes ou tentando evitar conflitos).

 

O elenco sempre foi um dos pontos fortes (Jeffrey Tambor ganhou os dois últimos Emmys na categoria Comédia), mas desta vez os principais estão assim apagados. Ganha destaque Raquel (Kathryn Hahn) e Shelly (Judith Light), que, aliás, são das poucas pessoas que tentam fazer algo da vida e não são blasé e/ou depressivas, junto com a Vicki (Anjelica Huston) - por isso, quando há um conflito entre Maura e sua irmã, a gente também fica do lado da irmã.

 

A temporada é, muitas vezes, muito superficial, não apresentando profundidade para os atos dos personagens - como no primeiro episódio, que não tem nada a ver e não leva a nada, e aquele assunto (de ajudar as pessoas em algo tipo um CVV) nunca mais retorna. Também, a cada episódio, apresenta muitas temáticas, mas às vezes nem todos são concluídos de maneira adequada, e ficam enrolando você a temporada toda com coisas que não são nunca finalizadas (como o caso Ali e Leslie, ou a Raquel, que desaparece do nada).

 

Acabou se perdendo a alma dos personagens e o espírito da série. Espero que voltem a encontrá-los na quarta temporada. Se a quarta for mais parecida com o já falado último episódio, em que Judith Light canta Alanis Morissette ("Hand In My Pocket"), já será ótimo.

 

 

Provei um cookie mágico em Florianópolis

Venho por meio deste narrar minha experiência com um cookie mágico. Para quem não sabe, cookie mágico é um biscoito feito com maconha ou cogumelo alucinógeno. Estava eu lá na Praia Mole, em Florianópolis, quando veio um rapaz oferecer os cookies, daí comprei um porque, né, vamos experimentar. É este aí mesmo da foto. Ele disse que ia dar uma "risadeira". 

 

O gosto da marijuana era bem acentuado. E eu, como não sabia se ia funcionar, e lembrando de outras vezes que provei alucinógenos em pouca quantidade e não tive efeito, resolvi comer a metade do biscoito. Não sabia a quantidade, achei que a metade seria uma boa.

 

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(Aqui um parênteses para dizer que não, nunca tinha provado maconha fumada nem comida antes - nenhum baseado na vida, porque realmente o ato de fumar me desagrada ao extremo). 

 

Então, já era final da tarde, tinha se passado mais de uma hora, e nada de efeito. Como estava vindo uma provável chuva, fomos indo embora, e naquela hora, na trilha que vai da praia pra estrada, me deu o efeito. Realmente foi possível perceber o exato momento que bateu, porque minha visão fez tipo "tóin" e tudo ficou trêmulo por um tempo. Em seguida, veio a risadeira. Comecei a rir à toa. E mais que isso: era impossivel não rir; assim, rir de nada. Aliás, depois de um tempo não era mais risada, era um esparmo muscular que não deixava eu relaxar a boca - algo tipo o Coringa. 

 

Esse efeito do "riso" durou uns 5 minutos, depois tudo se acalmou e ficou só um efeito visual, uma tonteira e uma leveza, uma coisa meio de bêbado. Daí fomos pra parada de ônibus, pegamos o ônibus e então as coisas começaram a não ficar boas. Ônibus lotado, engarrafamento na via até a Lagoa (como sempre), uns 40 minutos em pé ali dentro. Desde o início as coisas foram ficando estranhas. Assim, perdi um pouco a noção das coisas. Não sei como eu agi, mas no meu cérebro havia duas realidades: numa eu estava normal, falando normal, e na outra eu estava agressivo e gritando. Parececia que eu tinha acabado de brigar com meus amigos e com o cobrador, mas ao mesmo tempo eu achava que talvez não; parecia que eu tinha gritado e que todo mundo estava olhando pra mim me achando um idiota, mas ao mesmo tempo talvez não. Comecei a achar que cada vez que eu fosse falar ia gritar, que todos iam rir, que meus amigos não iam mais gostar de mim. Parecia que eu podia sair brigando com todo mundo no próximo minuto, e ao mesmo tempo me dava uma vontade de pedir desculpas pelas agressões que eu talvez tivesse já cometido. Teve uma hora que quase briguei com uma mulher porque achei que ela estava xingando umas meninas lésbicas que estavam abraçadas, mas ela só estava coversando sobre o trânsito.

 

A isso se somava o fato de uns leves apagões que eu achava que acontecia no meu cérebro. Tinha umas vezes que parecia que eu tinha acordado de um apagão, e eu não sabia se tinha feito alguma coisa ruim durante o tempo em que estava apagado (mas eu nunca apaguei de verdade, só parecia). Esse efeito de apagão ainda durou bastante tempo, inclusive depois de chegar no apartamento, enquanto tomava banho, parecia que eu apagava.

 

Acabei ficando com medo de ser agressivo ou desagradável com meus amigos e fiquei só na cama até o efeito passar um pouco, depois consegui ja interagir, embora ainda estivesse como bêbado, não estava mais tendo apagões e achando que ia brigar. Levou umas três horas até poder agir mais normal. E só depois de dormir voltei a ser eu realmente.

 

Não foi uma boa experiência. Uma coisa assim paranoica não é legal, podia ter dado bem errado.

 

Se tivesse comido só a metade da metade do cookie talvez o efeito tivesse sido melhor, acho que foi quantidade demais. E também ficar alucinado dentro de um ônibus no engarrafamento não é bom pro efeito de nenhuma droga que você tenha consumido demais. Provavelmente ter ficado na praia ou no mato teria resultado em algo mais agradável.

 

Você não sabe o que é um merkin, mas eu vou te dizer

Estava eu aqui lendo em inglês sobre o uso de perucas em Game of Thrones, e me deparei com uma palavra que não conhecia: "merkins". No texto, diz que as prostitutas usam merkins. Daí fui procurar a tradução, e eis o que encontrei:

 

Merkin - Uma peruca pubiana. Nos idos do século 18, quando se usava mercúrio para tratar doenças sexualmente transmissíveis (gonorreia e sífilis), um dos efeitos colaterias era a perda de pêlos pubianos. Para disfarçar, usavam as peruquinhas.

 

Aqui um vídeo de comercial de um produto desses:

 

O produto este é mais de brincadeira, ninguém deve usar peruca pubiana a sério hoje em dia (ninguém? bom, sempre tem alguém).

Tem de tudo.

 

 

Rinoplastia e septoplastia - Cirurgia - Como fiquei após os procedimentos

Aqui mais de uma ano após começar a escrever sobre minha cirurgia. Não acabei a série de posts, e não foi porque meu nariz deu errado, mas realmente não estava nessas de escrever, e sempre dá trabalho e eu queria colocar fotos e nunca tive tempo. Agora vamos então.

 

Meu último post foi sobre a retirada do tampão do nariz e o novo procedimento cirúrgio pelo qual tive que passar, para estancar a hemorragia que tive ao fazer a septoplastia. 

 

Depois disso, fiquei um dia a mais no hospital, daí fui para casa, todo zonzo por causa de tudo, andando com as pernas meio bambas e ficando tonto quando tinha que andar muito. Além disso, tinha que andar sempre com uma toalhinha na mão, porque saía ainda um pouquinho de sangue pelas narinas (nada demais, algo que deve ser normal também para algumas pessoas que não tiveram todas as dificuldades que eu tive). Uns dois dias ainda fazia o tal de "bigode" na hora de dormir (um curativo sobre o lábio superior, que "pega" qualquer sangue ou secreção que saia do nariz), depois pude abolir esse negócio.

 

A pior coisa foram as visitas à médica, porque lá ela fazia uma limpeza interna no nariz que me fazia ver estrelas - algo bem profundo e pelo qual muitos têm que passar após uma cirurgia assim. Como a minha foi complicada e fiquei com dificuldades internas um bom tempo, precisei fazer essa limpeza duas vezes por semana inicialmente, depois semanalmente durante um mês. É algo difícil, porque a médica enfia câmera e instumentinhos dentro do nariz pra ir limpando, incluisve um que é um sugador. Mas depois de passar por isso você respira maravilhosamente bem - até que o acúmulo de coisas internas vá te trancando paulatinamente a passagem de ar novamente.

 

Nesse período, muita lavagem com soro fiz - meter mesmo soro dentro do nariz e depois colocar pra fora, isso ajuda muito a limpar e melhorar a respiração na maioria das vezes. S

 

E o rosto, como ficou? Inchou? Tava roxo?

 

O problema todo foi interno, lá na septoplastia (não cicatrizei como deveria após o procedimento), já a rinoplastia, que era a cirurgia plástica, externa, para me arrumar o tamanho e a tortura do nariz, foi ótima. Fiquei obvimante inchado, mas realmente foi um inchaço muito menor do que eu esperava. As bochechas ficaram maiores, e o inchaço foi "descendo", em uns 10 dias praticamente não estava mais inchado. Só o nariz mesmo ficou levemente inchado mais tempo, mais ou menos um mês, depois desse tempo ele já estava quase 100% normal visualmente - ainda ficou sensível ao toque por mais uns 5 meses, era incômodo tocar na ponta dele ou na parte de cima. Aliás, nas primeiras semanas você não pode usar óculos, porque óculos faz peso e pode influenciar em algo ou apenas doer (uma dica: você pode prender os óculos na testa com uma fita adesiva hahaha).

 

Quanto a ficar roxo, fiquei sim, ao redor dos olhos, como é normal ficar. O roxo foi saindo também mais rápido do que eu imaginava, em uma semana estava quase sem nada mais.

 

E meu nariz ficou muito bom. Ficou como eu queria: sem a elevação que ele tinha em cima, sem a curvatura para a esquerda na ponta, e um pouco mais fino. Estou aqui, um ano e meio após a cirurgia, e me sinto bem melhor com meu nariz assim, estou mais bonito e realmente fico melhor nas fotos.

 

Quanto ao septo, ainda tenho certa dificuldade para respirar. Estou voltando a investigar isso agora, vou lá consultar minha otorrino nos próximos dias para ver o que podemos fazer, que ficar respirando mais ou menos não é legal. Mas é isso aí, não é sempre que tudo dá 100% certo. Tive as dificuldades com o sangramento após a cirurgia, consegui me recuperar, cicatrizar tudo certinho, ficar com o nariz bonito e respirar um pouco melhor - mas esta parte ainda precisa ser evoluída.

 

Minha otorrino é a Raphaella Migliavacca, ótima profissional, muito atenciosa, simpática e disponível, estava sempre dando assitência para mim e minha familia quando foi necesário. E ótima com o bisturi, deixou meu nariz assim bonitão.

 

Aqui encerro a série de posts sobre a cirurgia. Devo ter esquecido de dizer algo, mas é assim mesmo. Recomendo muito a cirurgia para quem tiver pensando em fazer. Sei que meu relato aqui não foi dos mais animadores, mas cirurgias podem dar errado, é normal, que bom que fazendo com um bom profissional em um bom hospital isso pode ser revertido. E a vida com um nariz que você gosta realmente é bem melhor.

 

Quando eu tiver disposto vou procurar as fotos de antes e depois que eu fiz.

 

Rinoplastia e septoplastia - Retirando o tampão

Rinoplastia e septoplastia - O que não deu certo comigo

Rinoplastia e septoplastia - Como é

 

 

 

 

 

Rinoplastia e septoplastia - Cirurgia - Retirando o tampão

Então fui tamponado de urgência durante a madrugada, em um processo um tanto assustador, mas necessário. O tamponamento foi para tentar estancar a hemorragia que eu estava tendo no interior do nariz. Fui para o quarto só pela manhã, com o nariz todo envolto em fitas e o curativo que chamam de "bigode", este que fica logo abaixo das narinas, com o objetivo de absorver qualquer sangue que porventura viesse ainda a escorrer.

Eu estava no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. Todo o atendimento e procedimentos foram muito bons, tanto de minha médica, Raphaella Migliavacca, quanto do corpo de enfermagem (principalmente na sala de recuperação, onde as enfermeiras eram muito presentes e atenciosas). Já no quarto, as enfermeiras já não são tão presentes, a gente acaba vendo mais são os técnicos de enfermagem, que também fazem um belíssimo trabalho.

Bom, na hora do almoço, como eu já podia comer, me trouxeram uma bandeja com feijão, arroz e carne. Para quem está tamponado, cheio de remédio, meio-erguido na cama, tomar água já um ato complicado, imagina comer algo sólido. Alto receio de engasgar e tossir, o que seria muito ruim. Acabamos não pedindo outra refeição, tínhamos uma salada de fruta e foi o que eu consegui comer (4 pedacinhos). O que foi bom, pois em seguida disseram que a médica pediu para eu continuar em jejum, pois iria realizar um outro procedimento à tarde.

Pois ela havia me visitado e viu que o "bigode" havia sido já trocado e eu sentia ainda escorrer sangue às vezes até ele. Eis na foto como eu me parecia a essas horas. Não muito o que se esperava após uma cirurgia simples, né, mas nem tão pior quanto eu imaginava antes de me ver. Nem muito roxo estava. Mas a sensação de estar tamponado é realmente desagradável em todos aspectos, principalmente com o receio de ainda estar sangrando. Aliás, nem dormir com esse tampão foi possível. TInha que respirar pela boca e quando eu dormia tentava respirar institivamente pelo nariz e sentia o tampão e acordava no segundo seguinte. Fiquei dois dias sem dormir.

 

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Ao longo da tarde consegui me erguer da cama duas vezes para ir ao banheiro, apesar do horror que isso causou a uma técnica de enfermagem (eu não deveria me levantar, pelo jeito). E realmente não era nada fácil caminhar, até poderia ficar tonto e cair, mas foi possível.

Aqui tenho que dizer que, como eu estava com hemorragia, e havia ingerido bastante sangue (nojento, mas vamos lá dizer tudo então, né?) as fezes ficaram dias saindo com sangue, foi bem assustador, mas logo percebi o porquê e me acalmei. Mas é uma coisa muito desagradável - não era pouco sangue, não, e saía preto, pq já coagulado.

Antes das 18 horas me levaram de maca ao centro cirúrgico novamente. Outra vez passei por anestesia geral, foram retirados os tampões e verificado o sangramento no corneto e no septo. Tudo foi cauterizado e foi colocado Surgicel, que é um tecido hemostático (ajuda a deter hemorragias), fiquei na sala de observação mais tempo do que o normal (em torno de 4 horas) e então fui para o quarto.

No próximo post o último dia no hospital e a minha alta.

 

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Rinoplastia e septoplastia - O que não deu certo comigo

Rinoplastia e septoplastia - Como é

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Rinoplastia e septoplastia - Como fiquei após os procedimentos

 

Rinoplastia e septoplastia - Cirurgia - O que não deu certo comigo

Pois a cirurgia do septo é algo muito simples. Geralmente a alta do paciente se dá no mesmo dia, sem tampão no nariz, apenas com curativo superficial. Mas há aqueles casos onde algo não dá certo, e comigo, infelizmente, aconteceu o imprevisto.

 

Minha cirurgia foi em 18 de fevereiro deste ano de 2015. Depois de estar já na sala de recuperação (o tempo de recuperação após a cirurgia é em torno de 2 horas), acordando da cirurgia, pronto para ir pro quarto para receber alta, com meu curativo pequeno da cor da pele sobre o nariz, me fixeram sentar na cama para beber água e então percebemos que eu estava sangrando . Já devia estar sangrando antes, mas como estava semi-deitado não se percebia (estava escorrendo pela garganta, sim, pois é). As enfermeiras ligaram para a médica, que deu instruções de colocarem algodões com cloridrato de oximetazolina e deixassem um tempo. Fizeram isso. Aparentemente sangrar um pouco ao tentar levantar é normal e contornável.

 

Na retirada, em torno de uma hora depois, estava sangrando ainda. Repetiram o procedimento, e chamaram minha mãe para me ver. Era início da madrugada e ela estava aguardando; como eu não iria mais para o quarto, ia ficar em observação até de manhã, a equipe achou bom deixar ela comigo alguns minutos para que pudesse ir para casa mais sossegada. Um tempo depois retiraram os algodões e novamente sangrava. Desta vez minha pressão baixou, meu batimento caiu e acharam uma boa ideia chamar a médica. 

 

Lá pelas quatro horas da madrugada a médica veio para o procedimento de urgência; com um sugador, foi enfiando nas narinas para retirar o sangue e ver o que acontecia. Não tinha o que fazer no momento a não ser me tamponar. O uso de tampões não é mais prática corriqueira na septoplastia, como era antigamente. Praticamente mais ninguém é tamponado - mas eu fui, de urgência, na madrugada, completamente acordado. Imagine que isso é uma experiência das mais horríveis que se pode ter ao recém passar por uma cirurgia. O tampão não é um simples pedaço de algodão, é um negócio enorme, que vai fundo no nariz e preenche as narinas todas de modo que você parece inchado. 

 

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A partir de então, respirar só era possível pela boca (o que vai deixando os lábios secos e rachados e a garganta ardendo). Cada vez que engolia saliva era um movimento que fazia sentir o rosto todo, e sempre uma tensão pela dor que podia dar.

 

A dor, no entanto, não era muita. Teve uma hora que pedi remédio, logo depois do tamponamento, pq estava ardendo. Fora isso, foi tranquilo neste quesito. 

 

Pois ainda estamos a verirficar o que pode ter causado a epistaxe (que é o sangramento pelo nariz). Ter hemorragia assim não é normal, e talvez eu tenha algo que os exames de praxe não detectaram. Precisarei consultar um hematologista. Era minha primeira cirurgia, nem se imaginava que isso fosse acontecer.

 

No próximo post, o dia tamponado e a retirada do tampão...

 

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Rinoplastia e septoplastia - Como é

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Rinoplastia e septoplastia - Retirando o tampão

 

 

Rinoplastia e septoplastia - Cirurgia - Como é

Então me preparei para fazer uma septoplastia, que é cirurgia para correção de desvio de septo. Respirava mal, geralmente apenas por uma narina, daí resolvi fazer a cirurgia. Junto, já que íamos mexer ali, decidi também fazer uma rinoplastia, que é cirurgia plástica do nariz. Sempre tive nariz grande, e ultimamente também percebi que ele era torto; se já pode tudo ser feito num único procedimento, vamos lá. Nunca tive problemas específicos com meu nariz esteticamente (principalmente depois do aparecimento de Adrien Brody), mas não achava exatamente bonito. Os nomes dos procedimentos seriam rinosseptoplastia e cauterização linear de corneto inferior.

 

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 Antes de agendar a cirurgia tive umas cinco consultas com minha médica, doutora Raphaella Migliavacca. Tentamos melhorar a respiração com medicação anti-alérgica e sprays, mas não deu resultado. Marcamos a cirurgia para o Hospital de Clínicas. Antes de marcar, tive que fazer exames de sangue, e conversamos sobre as mudanças estéticas que eu esperava. 

 

Como tenho Unimed, fui chamado para fazer uma consulta de perícia no plano, onde constataram o desvio de septo e liberaram a cirurgia e a internação (mas não a rinoplastia, porque apenas estética, que fica um valor à parte à ser pago à equipe médica).

 

No dia da cirurgia, jejum de 8 horas de comida e de 4 horas de água. Fui solicitado a chegar com uma hora e meia de antecedência, para ir fazendo os papéis de entrada no hospital. Me chamaram para a preparação em torno de meia hora antes do horário da cirurgia; daí tive que tirar a roupa toda e vestir um daqueles camisolãos com as costas abertas. Fiquei aguarando na maca, na sala pré-operatória, onde a anestesista veio falar comigo. Fez algumas perguntas, ela disse que seria anestesia geral, assinei um termo, e em breve fui levado para a sala de cirurgia, onde a anestesia fez efeito rápido e eu apaguei.

 

No próximo post continuamos, contando o que aconteceu de inesperado na minha cirurgia...

 

Post seguinte: 

Rinoplastia e septoplastia - Cirurgia - O que não deu certo comigo

 

 

A volta dos que foram

Então, estou eu aqui ressuscitando este blog que há mais de três anos está jogado no esquecimento (menos para as pessoas que ainda procuram por "Antonio Fagundes pelado" e continuam a cair neste post). 

 

Pois tenho alguns assuntos que gostaria de compartilhar e não vejo porque criar outro blog, nem há razão para tratar disso no Facebook, que tem um foco limitado e atinge meus conhecidos que provavelmente não vão se interessar. 

 

Blog é bom porque pode atingir pessoas aleatórias procurando pelos assuntos tratados, então vamos lá que de pessoas esses mundo está cheio.

 

Nestes últimos anos realmente muita coisa mudou. Mudei de trabalho, de casa, terminei um relacionamento longo, estive na Europa, conheci pessoas importantes e outras nem tanto. Vamos ver onde vamos parar.

 

 

Panettones com chocolate - Avaliação

 

Época de Natal é uma variedade de panetones apetitosos nos supermercados. Prefiro os de chocolate, sim. E se for bom e barato, melhor - mas quem são eles?. Por isso, resolvi comprar panetones dos mais baratos - e também os de preçço "normal" - e ver o que eles têm de melhor ou pior. Com notas de 0 (destestável) a 6 (excelente), vou destacar como se encaixaram no meu paladar.

 

Bimbo - Fabricado em São Paulo e distribuído pelo Walmart (Nacional, Big etc...). O mesmo também é embalado com a marca Laura (à venda no Nacional).

Preço pago - R$ 5,30

Aparência: Moreninho por fora e por dentro. Olha mais de perto e verás pedaços de massa amassarocados com buracos vazios de "chocolate" .

Sabor: Tirem as crianças da sala! Cheio de essência para dar gosto e produtos químicos para dar uma encorpada - mas não conseguem nem chegar perto de um "real" panettone. Amargo, azedo, desagradável, textura úmida não porque é "molhadinho" mas porque não é bem assado.

Nota: 0

 

Sabrozzo - Fabricado no Uruguai, com importação pela Companhia Zaffari.

Preço pago - R$ 5,80

Aparência: Quando a gente corta, percebe que ele é pálido, o "chocolate" é sem cor e a massa parece não muito assada.

Sabor: Gosto de velho, não parece panettone, nem tem resquícios de algo que lembre chocolate. Receberia nota zero se eu não tivesse provado o panettone da Bimbo.

Nota: 1

 

Nestlé Classic - Caixa bonitnha, invocando o chocolate ao leite Nestlé ("traz o verdadeiro sabor do mais puro e tradicional chocolate ao leite", diz na caixa, no que deve ser a piada do ano).

Preço pago: R$ 9,95

Aparência: Bonito, você olha e pensa "que coisa gostosa!". Os buracos de chocolate tem recheio mesmo, e bem cremoso.

Sabor: Ao contrário do chocolate a que ele faz referência (que é super doce), o panetone não parece ter muito açúcar. Isso poderia ser um ponto favorável, se o gosto fosse suave, mas na verdade é um gosto bem acentuado de essências ou algo do tipo, que deixa um amargo na boca. Não muito agradável de comer, enjoa rápido por ter esse sabor forte, mas a textura é bem macia e molhadinha (sem precisar ser meio cru, que nem os outros anteriores).

Nota: 3

 

Chocottone Bauducco - Ok, todo mundo conhece, o da caixa amarela.

Preço pago: R$ 9,98

Aparência: Bonito, tudo certo . Os buracos também tem recheio cremoso.

Sabor: Longe de ser a coisa mais gostosa do mundo, não se encaixou na expectativa que eu tinha na mente desde uns 3 anos atrás quando o provei pela primeira e única vez. Textura também úmida e macia, embora um pouco menos que o da Nestlé. Se destaca mais pelo que não é, em comparação aos outros, do que por suas qualidades positivas: não tem gosto forte, não tem aquele grande sabor de essência e não é enjoativo, nem amargo, sendo mais agradável de comer.

Nota: 4

Travesseiro de Corpo

Tenho grande dificuldade em dormir normalmente conciliando postura decente com travesseiros. Atualmente durmo com 3 travesseiros. Poderiam ser 4. Daí descobri por acaso isso hoje, um "travesseiro de corpo".  É estranho, e não posso deixar de pensar que é um pouco (só um pouquinho) bizarro, mas deve ser muito útil. Custando em média R$ 70,00, não é muito caro, e nesta loja tem até um bem mais barato (só que aparenta ser mais mole, talvez não seja tão bom).  Os da marca Duoflex me pareceram ser melhores (como este da foto).