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obnubilado

Blog que ainda existe, apesar do tempo.

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Blog que ainda existe, apesar do tempo.

Música da Semana 3

Assisti a toda primeira temporada de Glee, e, apesar de ser uma série bem fraquinha, onde qualquer coisa absurda e idiota pode acontecer sem mais nem menos e todos sabem cantar muito bem, além de saberem as coreografias e dançarem juntos perfeitamente sem nunca terem ensaiado, alguns dos números músicais são bacanas e muito instrutivos pra quem quer aprender uns passos novos. Eis o exemplo de "Gold Digger", originalmente gravada por Kanie West com participação do Jamie Foxx (imitando Ray Charles), que ficou assim bem mais interessante e, digamos, sexy, na versão da série musical. 

 

Música da semana 2

Semana passada eu vi em algum lugar uma lista de músicas mais sexy de toda a história da humanidade, ou algo do tipo. Na lista havia 2 músicas do Rod Stewart. Não sei quem fez essa lista, mas tenho forte convicção de que minha tia participou da seleção. Eu, no entando, só de imaginar Rod Stewart já acho tudo muito brochante.

Mas acabei conhecendo ontem esta música da Beyoncé, e realmente acho algumas das músicas dela bastante sexy (putz, não sei se devo escrever sexy no plural ou não). E essa, com gemidos e participação de Lady Gaga, entraria na minha lista, se eu perdesse meu tempo fazendo tal coisa. Veja aí então, "Video phone":

 

Música da semana 1

Instituí que este ano mais ou menos a cada semana vou pulbicar no blog uma música nova que eu tenha conhecido nos últimos dias. Uma música boa, claro. Que eu goste. Que signifique algo. Que me faça ouvir várias vezes sem cansar e grude nas minhas idéias.

Começaremos então, na verdade, com duas músicas. Ontem assisti ao filme Nine, e os dois números musicais que têm estas canções são os melhores (não à toa são elas que embalam os trailers oficiais do filme). A primeira, "Be Italian", com a cantora Fergie (vocalista dos Black Eyed Peas) numa bela coreografia utilizando pandeiros e areia da praia, e a segunda, "Cinema Italiano", com Kate Hudson numa atmosfera à la Britney Spears na música mais dançante do filme (meus parabéns ao cabeleireiro que fez os cabelos dela tão incríveis).

Outros números musicais também são bacanas (como Nicole Kidman cantando na fonte, e Penelope Cruz em danças sensuais, e Marion Cotillard fazendo um strip-tease sentimental), mas o filme vale mesmo é por essas duas músicas:

 

Ne me quitte pas

Comecei ouvindo Nina Simone, esta música. Fui ouvindo mais e cheguei a ela cantando "Ne me quitte pas" ao vivo. Interessantíssimo, apesar do francês meio estranho dela.

Cheguei na versão do autor, aqui. Nunca havia escutado, é linda.

Como não sei francês, fui assistir novamente à versão ao vivo de Maysa, que tem tradução. A versão dela é, provavelmente, a melhor de todas, como devem saber, incrívelmente forte. E a letra da música é belíssima. Chorei.

Na minissérie usaram essa versão para um dos números musicais, mas apesar da luz, do figurino e da cenografia bem mais requintados, a cena não chega nem perto da emoção que a própria Maysa passa.

Pra relaxar e ir dormir, acabei descobrindo uma versão cõmica da canção, do espetáculo Varekai, do Cirque du Soleil. O som é Nina Simone cantando. O ator é o brasileiro Claudio Carneiro. O número é muito bem bolado.

E já no finalzinho achei uma versão em português, do Fagner, aqui.

Ya se va para los cielos

Quando eu era pequeno me lembro de ver Mercedes Sosa no Galpão Crioulo. Grande, sentada, com seu poncho e seu tambor, cantando com sua voz enorme. Sempre achei ela linda, é uma pena que não poderei nunca vê-la cantando ao vivo.

Tenho dois LPs seus, um em que ela canta Atahualpa Yupanqui, e outro, um de seus mais conhecidos - e meu preferido -, em que ela intrepreta as canções de Violeta Parra.

Fui no Youtube ver alguns vídeos - que é o que parece que as pessoas fazem hoje em dia quando morre alguém famoso, assim como se folheam os álbuns fotográficos quando morre alguém da família - e encontrei vários registros muito interesantes. Compartilharei aqui dois dos que eu mais gostei, o primeiro uma apresentação mais ou menos recente de Todo Cambia, em que ela inclusive dança no palco. E o outro acredito que seja nos anos 70, em que ela, belíssima e expressiva como nunca, intrepreta Gracias a la vida.


Michael Jackson é assunto - Mallika, Daphne e Grace

No sábado seguinte à morte de Michael Jackson, o Times de Londres publicou uma espantosa entrevista com a ex-babá dos filhos do cantor, Grace Rwaramba. Espantosa não só por causa de seu conteúdo inimaginável, mas pela casualidade de a babá estar hospedada junto com a repórter na cidade, já preparando uma matéria que sairia mais tarde, provavelmente por ocasião dos shows de MJ, quando Michael morreu (a entrevista começa mesmo descrevendo como a babá adentrou o bar onde estava a jornalista, gritando “Daphne, Daphne, Michael is . . . Michael is . . . dead!”).

Eu li a entrevista no site do jornal e resolvi salvar para consultar depois. Fiquei surpreso ao tentar encontrar on line o texto alguns dias depois e não conseguir encontrar, e tudo o que linkava à reportagem não funcionava.

Como eu achei a entrevista interessantísima e queria dividir com os interessados, resolvi postá-la aqui no blog, para alguém que por ventura procurasse pudesse encontrar.

Agora que vim fazer isso eu soube de coisas.

A entrevista fez vozes levantarem contra a titude da babá, de expor daquele jeito a vida do artista que ela ajudava a preservar até algumas semanas antes (ela trabalhou para MJ por 17 anos). Acusaram-na de oportunista, gananciosa, exploradora, apontaram o dedo dizendo que ela obteve dinheiro da jornalista para conceder a entrevista etc.

Pois eis que vem Mallika Chopra e muda o contexto. Neste texto, a autora, que é filha de um amigo de Michael Jackson e amiga de Grace Rwaramba, descreve o que aconteceu: a má fé da jornalista Daphne Barak, e ingenuidade da entrevistada. Chopra fala da descontextualização de declarações e da invenção de outras, como o famoso trecho em que a babá diz que massageava o estômago de MJ quando ele tomava remédios demais (mais tarde, a babá declarou: "I am shocked, hurt and deeply saddened by recent statements the press has attributed to me, in particular, the outrageous and patently false claim that I 'routinely pumped his stomach after he had ingested a dangerous combination of drugs.' I don't even know how to pump a stomach!!"), além do mal caratismo (pelo que se depreende das situações descritas) da "vampira sugadora de celebridades" Daphne Barak, como a define um outro jornalista, Roger Friedman (o mesmo que foi demitido da Fox por ter feito uma crítica do filme Wolverine baseado em uma cópia pirata, mas isso é outra história).

Em vista disso tudo, agora eu desconsidero a entrevista publicada pelo Times. Mesmo que a maioria das coisas que a tal Daphne escreve tenha sido dito pela babá, agora tudo ficou sob suspeita e perdeu a graça.

E por que estou falando de Michael Jackson, e não do meu vizinho ou da minha avó? Recomendo a leitura deste texto: Michael who?

 

Michael Jackson, Barrichello, Courtney Love e o gorila

Andei lendo todas as notícias depois da morte do Michael Jackson, e achei deveras interessante que ele tenha escrito uma música sobre o remédio que provavelmente o matou (divinamente recitada pela repórter do jornal Nacional: “Demerol, Demerol / Oh, Deus, ele está tomando Demerol!"), que ele tinha a intenção (dizem) de deixar as músicas dos Beatles em testamento para Paul McCartney, que ele tenha queimado boa parte do cabelo durante a gravação de um comercial da Pepsi em 1984, que ele comprou a ossada do homem-elefante e várias outras idiossincrasias.

Enquanto me incluía neste mundo de ser-humano além do normal, vi esta materinha: Elizabeth Taylor fala sobre a morte do amigo Michael Jackson no Twitter. A atriz costumava ser vista freqüentemente com o cantor, antes de ela ficar debilitada demais. O que me espantou foi o fato de ela fingir escrever no Twitter. Digo fingir porque com certeza ela não faz isso, alguém teve esta idéia muderrrna, que combina muito com uma senhora de 77 anos que tem corpinho de 99, com algum propósito que desconheço (foi o assessor de imprensa? O cardiologista? O neto? O bisneto?). Talvez alguém vá até a cama dela e pergunte “Vovó, o que a senhora acha de o Michael ter morrido?”, “Ai, Jefferson William Taylor Jr, eu acho de última!”, e ele então faz 3 ou 4 posts dizendo coisas como "Não pode ser assim. Ele vai viver para sempre no meu coração, mas não é o bastante. Minha vida parece tão vazia".

Na mesma página, outros posts no Twitter de celebridades lamentando a morte de Michael. Jane Fonda (assessor de imprensa? O cardiologista? O neto? O bisneto?), Demi Moore (o marido?), Miley Cirus, Maria Rita, entre muitos. O que se destaca é o pequeno texto de Rubens Barrichello. Diz assim: “ola gente...que chato esta historia do Michael Jackson. era um grande...fui no show dele em Sao Paulo”.

Desta vez o que me espanta não é o que ele escreve. Porque certamente ele não tinha mais nada para dizer e não ficou inventando, que nem os outros, que dizem coisas como “ele era uma lenda”, “minha inspiração de vida” etc., quando provavelmente nem sabem de nada do cara. O que desta vez me espanta é alguém ter coletado isso no Twitter e ter colocado no meio da materinha do G1, como se fosse grande coisa. Michael Jackson diria: “They don’t care about us”.

Daí fui, por obra do destino, visitar O Fuxico. Abri uma materinha sobre a Courtney Love, que apareceu esquálida em algum lugar. No fim da página tinha algumas manchetes de materinhas anteriores sobre ela. Na mais antiga dizia assim: “Mickey Rourke está namorando Courtney Love”, na mais recente dizia: “Mickey Rourke diz que prefere namorar gorila a Courtney Love”.
 

Rock and roll all nite

Estava lendo esta notícia sobre o show do Kiss em São Paulo e fiquei lembrando do show do Kiss que eu presenciei em 1999. Achei estranho nunca ter escrito sobre o show aqui no blog antes (pesquisei avançadamente no Google), somente me referindo a ele quando falei do Rammstein.

Bom, eu tinha 18 anos e morava em Pelotas, tendo antes morado minha vida toda em Rio Grande. Tinha ido a apenas 1 show decente na vida: Titãs no ano anterior. Era um ano - 1999 - em que eu estava parado, pois havia trancado a faculdade (jornalismo, UCPEL) e não tinha nada pra fazer a não ser pensar no que eu faria. Ia na fonoaudióloga toda semana e não tinha dinheiro para nada. Mas estava deprimido, querendo aventuras. Então combinei com a fono de atrasar o pagamento dela para poder ir a Porto Alegre ver o Kiss.

Não, eu não gostava exatamente da banda. Pra falar a verdade, não sabia nenhuma música deles e só conheci alguma coisa na época de promoção do show, pois a Atlântida ficava tocando 30 vezes por dia uma nova deles (Psycho Circus, se não me engano, que deveter sido o nome da turnê) e umas velhinhas também.

Comprei então o ingresso e passagens numa agencia de turismo que ia fazer uma excursão ao show. Eu nunca tinha ido a Porto Alegre (a não ser levemente em 1994, indo pra Gramado). No ônibus, pessoas malucas bebiam, gritavam, xingavam quem passava na rua, um horror. Mas acho que isso é normal.

O show era no hipódromo. Na entrada ganhava-se um mini-desodorante amarelo da Rexona. E, claro, óculos 3D. Havia 2 telões que, diziam, iam transmitir imagens em 3D em alguns momentos. Eu fiquei longe do palco (digamos, atrás de umas 10 mil pessoas) e por isso talvez minha percepção 3D não tenha funcionado bem. Mas enfim, ganhei de brinde uns óculos de papelão, com desenhos da banda, que ainda tenho (devo ter, quero dizer, em algum lugar).

Na abertura, então, tocou Rammstein, cuja música nova a Atlântida também estava promovendo na época (Du Hast). Um show terrível, porque era muito sinistro e eu tinha 18 anos e estava sozinho no meio de milhares de pessoas que eu achava que iam todos virar parte de uma seita satânica e me mutilar. Mas passou.

O show do Kiss me marcou porque o vocalista ficava repetinto "Allright, Porto Alegre!", porque tinha muitos efeitos (a gruitarra voava, o vocalista voava, tinha fogos de artiício e, claro, Gene Simmons cuspindo sangue) e porque eu não sbaia cantar nada. Tentei cantar Rock and roll all nite, mas eu não sabia nem o refrão e cantei tudo errado.

Ao meu lado, sempre pessoas problemáticas: um cara entrando em coma alcoólico, uma guria baixinha que ficava pulando pra ver algo, uns fumando sem parar etc... Mas foi tranqüilo.

Na volta, me perdi. Quando saí do ônibus, eu marquei: o ônibus está perto desta árvore, perto desta cerca. Só que haviam 200 ônibus, 200 àrvores e a cerca era gigante. Fiquei aproximadamente uma hora vagando pelo estacionamento,até me lembrar que, talvez, era para o outro lado. E era. Só faltava eu, o responsável pela excursão estava nervosíssimo.

Chegando de volta em Pelotas, peguei um táxi para ir pra casa. O taxista tinha uma Zero Hora com um pôster do Kiss e eu pedi para ele. O pôster não tenho mais, e ainda não gosto do Kiss. Mas foi uma experiência importante para mim na época.