Só eu via Ally McBeal
Eu tinha escrito outro texto sobre bolachas recheadas, dessa vez delirando sobre os novos sabores da Negresco e da linha Bono, mas esqueci de trazê-lo pra Pelotas. Dessa forma, resolvi improvisar sobre algo que pensei neste exato momento. Mas o que eu pensei era chato, então desisti.Vou deixar então só uma frase. Na verdade, três frases, retiradas de uma série de televisão. Foram pescadas por mim quando eu via alguns episódios de Ally McBeal, isso há uns 3 anos. Era uma de minhas séries preferidas, contando a vida maluca de uma infeliz advogada (passou por um tempo na Bandeirantes, lá por 2000, com o subtítulo "Minha vida de solteira").
A atriz principal era Calista Flockhart, que hoje é casada com os cacos de Harrison Ford. Ela interpretava Ally, que, entre uma audiência e outra, enfrentava a solidão e os desastres amorosos no meio de colegas muito esquisitos. Era uma comédia-dramática, com lindas canções, cenas surreais e alguns números musicais no bar ou no banheiro unissex. Durou cinco temporadas, na Fox (creio que de 1998 a 2002). Sempre lembro de algumas cenas finais, muito bonitas, com Ally andando solitária pelas ruas de Chicago (ou era Boston?), enquanto Vonda Shepard cantava alguma coisa triste. Lembro também de um dos sócios do escritório dançando freqüentemente You`re The First, The Last, My Everything em frente ao espelho.
Dali saiu Lucy Liu, e mais ninguém, que os outros estão perdidos em alguma coisa inexpressiva por aí. A série foi criada por David E. Kelley (marido, ou ex, de Michelle Pfeifer - fisicamente bastante parecida com Calista), que tornou-se o queridinho da tv norte-americana.
Sem incomodar mais, aí vão as frases (podem não ser maravilhosas, mas no contexto da história soavam bacaninhas):
Esse é o problema em ser honesto com as pessoas: às vezes elas contra-atacam com a honestidade.
Quando penso nos meus maiores momentos de solidão, quase sempre havia alguém do meu lado.
O amor é o único jogo em que você perde recusando-se a jogar.