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Fui cortar meu cabelo. Adiei essa atitude por semanas, mas ontem tive que enfrentar a tesoura ou então continuar a ter pesadelos com uma cabeleira assassina. Desde criança tenho trauma de cabeleireiro. Primeiro, porque é muito chato chegar num lugar com pessoas que tu não conhece e uma delas, talvez a mais medonha, ir colocando as mãos na tua cabeça. Segundo, porque detesto ficar esperando, com cara de cachorro morto, uma cadeira ficar vaga no salão ou na barbearia, olhando sabe-se lá pra quem fazendo o quê. Terceiro, porque meu cabelo é volumoso e rebelde; desde os três anos de idade todo mundo que vai cortá-lo diz algo como "que cabelo difícil!" . Isso é sério. Todos falaram. Inclusive minha cabeleireira oficial de quando eu morava na Vila da Quinta ainda, a Neiva. Todo mês ela dizia isso.
Mas agora encontrei um salão aqui na outra quadra, o Corte Dez, onde ninguém me disse isso ainda. Já havia cortado umas 4 vezes ali, com o Vitório, que é todo jeitoso e corta muito bem (embora uma vez eu tenha saído quase careca de tão curto que ficou). No entanto, desta vez não foi o Vitório, foi o Machado. Fui quase espancado por seu pente. Estava indo tudo muito bem, tudo muito calmo, ele cortanto alguma coisa quando, de repente, PLAFT! ele batia o pente no meu ombro ou enfiava-o entre os fios, penteando, mas quase arranhando meu cérebro. Foi assustador. Pior quando ele inventou de me pentear com a escova que tira volume. Quase senti o sangue escorrendo. Mas no final ficou bom e todos saímos felizes.
Agora tenho que administrar o cabelo. Quando está assim curto, fica arrepiado quando me levanto pela manhã. No inverno às vezes é possível dormir de toca, literalmente, aí isso não acontece, mas no verão eu fico sempre todo bagunçado. Pior quando eu perco o pente. E eu perco muito freqüentemente.
Lynda Carter foi a Mulher-Maravilha na televisão na década de 70. Agora está saindo um filme, Sky High, com ela interpretando uma professora numa escola de super heróis. Numa matéria que eu li a respeito, diz assim:
"No filme, Carter dá aulas a candidatos a combatentes do crime. Elegantérrima, ela é diretora de escola e também é capaz de transformar-se em cometa."
Ótimo. Preciso vê-la, aos 54 anos, se transformando em cometa. Mais adiante na matéria ela fala:
"Neste momento de minha vida, não estou tão interessada em fazer mais um telefilme sobre detritos tóxicos ou crianças anoréxicas"
Ela tem cara de quem fez muitos telefilmes mesmo. Aqueles baseados em histórias reais que a Globo passa de madrugada. Mas nem como Mulher-Maravilha ela virou cometa. Fiquei impressionado. Vou tentar virar cometa também e colidir contra o planeta terra. Talvez as coisas melhorem.
Coloquei roupas de molho na rua terça-feira. Como anda frio, não tive muito ânimo para lavá-las até agora há pouco (é ótimo lavar roupa de madrugada). Lá, dentro da água gelada com sabão em pó, estava uma lagartixa. Muito pequena (uns 6 centímetros). Já havia encontrado ela ontem, mas coloquei-a em cima de um dos icebergs que minha camiseta formava, para que ela se recuperasse e pudesse escalar pra fora. Mas ela não fez isso. Devia estar fraca ou enrijecida pelo frio ou não conseguia subir nas paredes do balde escorregadias por causa do sabão. Agora ela estava lá dentro, então, submersa, a cabeça para fora, de olhos abertos. Peguei uma colher, tirei-a e joguei-a na sacada. Ela ficou estarrecida, parada. Deve se recuperar e imitar seus familiares, que às vezes me observam enquanto passeiam no teto.
(notícia completa no Estadão)
Fui à Usina do Gasômetro apreciar a exposição Ver-o-peso pelo furo da agulha do fotógrafo Dirceu Maués.
Enquanto estava a olhar as fotografias, um guri ficou uns cinco minutos debruçado sobre o caderno de assinaturas, escrevendo. Pensei, com minha pouca esperança na raça humana: "deve estar escrevendo bandalheira". Quase fui espantá-lo, mas raciocinei logo que isso não cabia a mim, mas sim a um dos guardas que conversavam alegremente perto do elevador. Fiz a volta em toda a galeria e quando voltei para assinar o caderno, percebi o que o guri estava escrevendo.
Dificultosamente, ele, com toda paciência e dedicação, tentava escrever seu nome completo. Leonardo Machado P. chama-se, pois.
O "a" estende a perna até o "r", as letras são fortemente traçadas e a primeira tentativa, impiodasamente rabiscada, indicam que Leonardo acaba de aprender a desenhar seu nome. Deve ter ficado orgulhoso por ter conseguido deixá-lo registrado no caderno de uma exposição de arte.
Uma das coisas que sempre me fascinaram em relação à Segunda Guerra Mundial foi a questão das grandes cidades envolvidas nos conflito. Em 2002 eu comecei a estudar a guerra e o nazismo e fiquei bestificado ao saber que Londres foi bombardeada durante anos pelos alemães. Paris foi invadida pelos nazistas e seu exército vitorioso desfilou desde o Arco do Triunfo pela Champs Elysées. A bela Dresden foi totalmente destruída pelos aliados em ataques aéreos. Stalingrado foi a cidade que parou os generais de Hitler, que não conseguiram chegar a Moscou e, pior, foram sendo acuados de volta ao território germânico. E, por fim, Berlim. Berlim em ruínas, totalmente incendiada, em convulsões, tendo todos os exércitos à sua volta.
É essa Berlim que o filme A Queda mostra. Por isso fiquei mais impressionado. Não só Bruno Ganz está estupendo interpretando Hitler, não só o roteiro obedece aos fatos históricos, não só a direção de Oliver Hirschbiegel é a melhor dos últimos tempos (tenho visto cada filminho por aí...), não só o bunker do führer parece real, mas também a cidade parece o inferno. Nada está inteiro, os russos estão chegando, os exércitos enlouqueceram, não há mais água, ou luz, ou alimentos, crianças são recrutadas para a frente de batalha, todos parecem em pânico. Berlim me lembrou muito Sodoma.
Eu estou amando a minha menina
E como eu adoro suas pernas fininhas
Eu estou cantando pra minha menina
Pra ver se eu convenço ela a entrar na minha
E por que não?
Teu sangue é igual ao meu, é igual ao meu
Teu nome fui eu quem deu
Te conheço desde que nasceu
E por que não?
Eu estou adorando
Ver a minha menina
Com algumas colegas
Dela da escolinha
Eu estou apaixonado
Pela minha menina
O jeito que ela fala, olha,
O jeito que ela caminha
Querem recolher o CD do acústico MTV das bandas gaúchas. Mas a música já tnha sido lançada em 2000. Chegaram atrasados. De qualquer forma, não creio que ninguém vai virar pedófilo porque escutou a canção no rádio.
Estreou nos Estados Unidos semana passada o novo filme de Walter Salles e primeiro que ele realiza em Hollywood, chamado Dark Water, ou Água Negra em português (não sei por que não escolheram Escura. Quem traduziu o título certamente não é negro). Eu havia visto o trailer há alguns meses e fiquei chocado quando soube que era do Walter Salles, porque é um terror estilo O Chamado (realmente, é baseado em um conto e no posterior filme japonês realizado pelas mesmas pessoas responsáveis pelo Chamado). Tudo bem, é preciso diversificar. Então, depois de fazer a história do Che Guevara jovem, Salles foi filmar algo sobre uma água aterrorizante. Nada contra.
Hoje estava lendo a apresentação para a imprensa que a distribuidora enviou aos jornalistas (um negócio de mais de 40 páginas). Tem os créditos completos do filme e assim fiquei sabendo que a dublê de fotografia foi Sarah Landi, o enfermeiro no set foi Greg Wood e o buffet ficou a cargo de By Davids. Além disso, me chamou a atenção os subtítulos do texto. Tem coisas como "Surge uma goteira" e "O medo se infiltra". Parece a pensão onde eu morava: quando chovia o medo de que a casa ficasse alagada se infiltrava através das goteiras volumosas da cozinha.
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